volta do vestibular

Em 2022, UFSM vai discutir se volta a ter novo modelo de processo seletivo

A mudança no sistema de seleção no ingresso da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) é um dos assuntos a ser discutido neste ano. A volta de um processo seletivo semelhante ao vestibular e prova seriada não é descartada pela instituição, mas ainda precisa ser amplamente discutida entre a comunidade acadêmica. Atualmente, a forma de ingresso na UFSM é pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que usa as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 

Em entrevista à rádio CDN na segunda-feira, a vice-reitora, Martha Adaime, falou sobre o tema. Para ela, é preciso olhar para o contexto de cada curso e considerar, inclusive, dados como o de evasão de estudantes: 

- Estamos iniciando uma jornada neste ano de discussão com os cursos, com os centros. É um conjunto de fatores que será avaliação. A ideia inicial é que os cursos tenham planos estratégicos para seus principais objetivos. Segundo, vamos avaliar essa questão do ingresso. Temos um aplivativo que foi feito pela Pró-Reitoria de Planejamento com a Pró-Reitoria de Graduação que leva todos esses dados e coloca as probabilidades que aquele curso tem de evasão. 

Para Leonardo Botega, um dos diretores do sindicato dos docentes da UFSM (Sedufsm), não é simples pensar o retorno de um processo de seleção ou vestibular para ingresso na UFSM, uma vez que a realidade da educação em que os antigos métodos estavam inseridos, não é mais a mesma agora com a implementação do novo modelo de Ensino Médio, que começa a vigorar em 2022.  

- Nós temos que pensar que nós temos novos desafios, por exemplo a novo Ensino Médio, que traz um aspecto diferente do que era antes, e que no nosso entendimento é bastante complicado. É óbvio que é preciso mexer nas estruturas da educação brasileira, mas a proposta que foi feita mais precariza e elitiza do que ajuda. E nós não podemos ter a mesma forma de ingresso e de vestibular que era antes, ou o Peis que era antes, porque nós vamos ter escolas com realidades diferentes - disse Leonardo, também em entrevista à rádio CDN. 

Ainda, Luciano vê o processo seletivo como uma política pública, e que não deve ser construída com prazo de tempo, pois necessita repensar toda a estrutura do modelo de seleção.  

- Entendemos que [as pessoas] querem uma resposta e um retorno, porém, uma política pública não pode ser pensada com pressa. Nós temos que pensar como veremos ela para daqui 10 anos, pensar a sua execusão para um longo período de tempo, que deve sim ser periodicamente avaliada, mas ela precisa ser pensada ao longo prazo. 

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